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Este Blog é dedicado às pessoas cuja motivação de vida seja o crescimento como ser humano. Admitindo-se que este passa pela opção de valorizar o SER em detrimento do TER e também pela difícil opção consciente que todos os grandes mestres pregam, que é a necessidade de priorizar em primeiro lugar o seu ser, pois este só poderá ser produtivo para os outros na medida em que estiver bem nos planos; físico, mental e espiritual.

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quarta-feira, 1 de agosto de 2007

APENAS SETENTA POR CENTO

A partir deste texto, gostaria que vocês contribuíssem com idéias, informações e sugestões para o desenvolvimento da LEI DOS 70 POR CENTO.

APENAS SETENTA POR CENTO
Diversos conhecimentos que fomos absorvendo ao longo da vida vão nos direcionando para a conclusão de uma idéia ou de um conceito, que é o fato de que sempre que buscamos, em 100% do tempo, 100 por cento em alguma coisa, isto nos leva, a longo prazo, a um mau resultado. Apenas para instigar o debate e dar um “start” no assunto, cito a questão da alimentação e da longevidade. Diversas pesquisas científicas vêm apontando na direção de que quanto menor for a quantidade de comida que ingerirmos durante a vida, maior serão a longevidade e a qualidade de vida: menor quantidade de proteína animal, menor quantidade de carboidratos, menor quantidade de gordura, menor quantidade de açucares (glicose, frutose e sacarose).
Recentemente, por meio de pesquisas sobre os povos que viveram um longo tempo sob condições de escassez prolongada de alimentos, causada pela guerra ou por condições adversas, constatou-se que as pessoas que sobreviveram a tais condições tiveram um aumento significativo em sua longevidade e qualidade da saúde, de modo geral, com a drástica diminuição da ocorrência de doenças degenerativas e com o aumento da qualidade do sistema imunológico, contrariando o senso comum da maioria dos médicos e nutricionistas.
Fica clara a correção do conselho da sabedoria dos antigos, de que se deve sair da mesa de refeições quando ainda estiver insatisfeito, no popular “sair com fome”, ou, de uma forma mais correta, com uma sensação de fome. Uma reportagem veiculada nesta semana nos meios de comunicação cita o intrigante caso dos habitantes da Sardenha (região autônoma da Itália), onde há uma taxa de longevidade tida pelos cientistas como excepcional (22 em cada cem mil pessoas chegam aos cem anos, quando o normal, em termos globais, são 8 em cada cem mil).
Cito a seguir alguns trechos da reportagem:“Nas montanhas da Sardenha, uma ilha a 190 quilômetros da costa italiana, um mistério intriga os cientistas: a vida longa – muito longa – dos seus habitantes. Aos 98 anos, Silvia Piras lê os jornais sem a ajuda de óculos. O marido, Efisio, já completou 100 anos e ainda cuida de plantas: "Nos casamos em 1932, no dia seis de fevereiro", diz ele. "Quando nos conhecemos, eu tinha 18 anos, ele 20”, completa ela. O casal mora no terceiro andar, sem elevador. No verão chega a fazer 40 graus. E, mesmo assim, todos os dias marido e mulher descem juntos as escadas para passear. Um dos próximos aniversários centenários da Sardenha é o de Consolata Melis – ela está eufórica. Consolata é tão independente que vive sozinha em um apartamento. Tem 10 filhos, 50 netos, bisnetos e trinetos. A memória é perfeita: "Não esqueci as boas nem as más lembranças", diz ela, no idioma sardo. Testemunhas das duas grandes guerras, os centenários sardos viveram no campo, trabalharam muito e comeram pouco. "Eram tempos feios”, diz Efisio. “Nós conhecemos a fome." "A carne era muito pouca. Tomávamos sopa. As cabras e ovelhas tínhamos que vender", conta Consolata.
Talvez aí esteja uma razão para esta longevidade. “Afinal, a ciência já chegou à conclusão de que, para se viver muito, é fundamental comer pouco”.

Também em um estudo da questão do sobrepeso, um cientista afirma o seguinte:
"O chefe do estudo, Morris White, do Instituto Médico Howard Hughes, em Boston, disse que a forma mais simples de encorajar a longevidade é limitar os níveis de insulina, fazendo exercícios e adotando uma dieta alimentar saudável. White disse que a descoberta apresenta "um mecanismo para o que a sua mãe lhe disse quando você estava crescendo – tenha uma boa dieta e faça exercícios para se manter saudável". "Dieta, exercício e peso baixo ajudam os tecidos periféricos sensíveis à insulina, Isto reduz a quantidade e a duração da secreção de insulina necessária para manter a sua glicose sob controle quando você come".

Contudo, é bom ressaltar que a Lei deve ser aplicada até na pratica de coisas boas e saudáveis, ou seja, isto se aplica aos 100% vegetarianos, 100% naturalistas ou 100% macrobióticos. Os fanáticos adoram ser 100 por cento alguma coisa, ou não seriam fanáticos, não é mesmo?

Ainda sobre a lei dos 70 por cento: tente aplicá-la na sua economia pessoal. Supondo que você tenha um rendimento mensal de R$ 1.000,00, e busque a meta de viver como se ganhasse R$ 700,00. É claro que para isto precisará de disciplina; se ainda não a tem, busque alguma prática que lhe facilite adquirir esta conduta. Sugiro o Aikido. Apenas para efeito de cálculo, vamos transformar sua economia mensal em dólares. Vamos supor que você consiga poupar 350 dólares por mês; em um ano teríamos 4.200,00 dólares, em 5 anos, 21.000,00 dólares, que, pela cotação de hoje, somam aproximadamente R$ 39.270,00. Supondo que você, leitor, já tenha mais de trinta anos, mas acaba de ter um insight sobre a lei dos 70 por cento e passe, a partir de hoje, a alimentar-se de todas as formas pela lei, com certeza aos 60 anos você ainda terá, como eu, muita vida para desfrutar, com qualidade e dinheiro no bolso, pois terá uma poupança equivalente a, no mínimo (se você tiver o seu rendimento congelado durante este período, no que não acredito, acredito, sim, na sua capacidade de melhorar com o passar do tempo), 30% de tudo que recebeu durante os últimos 30 anos; no caso do exemplo, 360 x 300,00, que é igual à modesta quantia de 108.000,00. Isso tudo sem contar possíveis ganhos que teria ao acumular esta economia em uma caderneta de poupança. Se encararmos este valor ao final de um período de trinta anos como uma pensão, teríamos, a partir de então, um rendimento mensal de +/-R$ 756,00, o que já seria superior ao valor com o qual vinha se mantendo.

Considero este tema de uma maneira entusiástica, mas também com um entusiasmo de setenta por cento, para não correr o risco de ficar como o Sábio da piada que diz assim: certa vez, encontraram-se dois sábios e um disse para o outro; -"Descobri uma verdade universal, -sim qual é?" Perguntou o seu colega. -"Toda a pessoa que tiver certeza de 100% em alguma coisa é um tremendo idiota". E o colega pensou, e perguntou; -"mas você tem certeza disto"? Resposta, "enfática" do sábio numero um, -"absoluta, absoluta".
Ressalto meu desejo de receber a sua colaboração. Qualquer colaboração é bem-vinda. Para pensar: aqueles que vivem constantemente a uma taxa de 100% ou muito próximo disto morrem cedo e infelizes, de Infarto do Miocárdio, Aneurisma, Apoplexia e outras doenças degenerativas, assim como se expõem com mais freqüência a acidentes de trânsito.

R. Cruz Vargas Fº

4 comentários:

Marcio Kurtz- 48.91130890(silveiradojo@aikido.com.br) disse...

Grande Sensei,

Pode crer!!70% vale muito mais que 100%, tendo em vista que a capacidade de aprender e melhorar pode ser constante e, sendo assim, nunca deve ser tida como alcançada em 100%. Outra coisa, muito importante(hehehe...), é poder ter 30% pra poder errar um pouquinho, fugindo da frustração, afinal, ninguém é perfeito. Vou divulgar essa idéia! Beijo no coração. Marcio.

Anônimo disse...

Isso vai de encontro sobre o que falávamos do livro (O Paradoxo da Escolha). Para conseguir ser mais feliz e satisfeito em relação às escolhas devemos nos preocupar com o "Suficientemente Bom" (seria os 70%) e não se comportar como um "Maximizador" querendo acertar sempre 100% em tudo. Manu

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Daniel Martinez (sonhando em voltar a fazer Aikido) disse...

Muito bom o texto! Isso vai de encontro com uma das "regras" de investimentos, que diz que não devemos colocar nossos investimentos 100% em renda variável (exemplo ações) nem 100% em renda fixa (exemplo poupança). A regra diz que que o ideal é pegar o numero 100 e diminuir a sua idade, no meu caso 100-27=73, essa é a porcentagem que eu devo investir em renda variavel, e os 27% restantes em renda fixa, e a medida que se vai envelhecendo e tendo menos tempo para se recuperar de algumas perdas os numeros vão se alterando para uma carteira mais conservadora, mais voltada para renda fixa.
Ps: Tem gente que usa essa regra a partir do 80 menos a idade, para não ser um investidor muito agressivo.

É isso! será que colaborou?